Moções Proféticas

 Em nenhum outro nome há salvação



“Então Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu-lhes: ”Chefes do povo e anciãos, ouvi-me, se hoje somos interrogados a respeito do benefício feito a um enfermo, e em que nome foi ele curado, ficai sabendo: foi em nome de Jesus Cristo Nazareno que vós crucificastes, mas que Deus ressuscitou dos mortos. Por ele é que este homem se acha são, em pé, diante de vós. Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-se pedra angular. Em nenhum outro nome há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4,8-12).






Quando o nosso coração reconhece que Jesus é o Senhor e o nosso viver diário comprova o que o nosso coração acredita, então podemos clamar o seu nome, e o próprio Jesus, com todo seu poder e autoridade, se manifesta entre nós. Se dissermos o nome de Jesus com fé e confiança nele, então os fundamentos do cárcere são abalados e as portas se abrem, os desertos florescem, o vento se acalma e o impossível se torna possível: Jesus, Jesus, Jesus! Ao clamar esse nome sentiremos a presença do Todo-Poderoso Senhor Jesus Cristo e toda salvação, toda libertação e cura de que precisamos, sob a ótica de Deus, virá para a nossa vida e todas as dificuldades que possamos estar enfrentando serão submetidas à sua autoridade. Salvação, cura, libertação acontecendo nas nossas vidas, relacionamentos sendo restaurados, arrependimento fluindo de dentro dos corações, esperança sendo edificada dentro de nós.






Quando estivermos em perigo, angustiados, podemos clamar: Jesus, Jesus, Jesus! O Santo, o Justo, o Todo-Poderoso, o Cordeiro de Deus, o Salvador, o Conselheiro Admirável, o Deus Forte, o Príncipe da Paz, virá com a sua salvação nessa situação específica pela qual estamos clamando seu nome.


“O nome do Senhor é uma torre: para lá corre o justo a fim de procurar segurança” (Pv 18, 10).






A Jesus foi dado todo o poder nos céus, na terra e nos infernos. O mal é subjugado a Jesus. Quando clamamos o seu nome com fé nele, e o nosso coração está realmente convertido a Ele, Jesus vem como Senhor e toma a si os destinos das nossas vidas, como Senhor absoluto.






Além de clamar, podemos louvar e engrandecer o nome do Senhor com nossas palavras e com nossas ações. Louvar o nome do Senhor, exaltar o seu nome, faz-nos reconhecer que Ele é o soberano absoluto sobre todas as coisas e essa atitude de louvor e reconhecimento traz sua presença para junto de nós.


“Louvai, ó servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre. Desde o nascer ao por do sol seja louvado o nome do Senhor” (Sl 112,1-3).





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Glorificar a Deus com os nossos pensamentos
 
“Não são carnais as armas com que lutamos. São poderosas em Deus, capazes de arrasar fortificações. Nós aniquilamos todo raciocínio e todo orgulho que se levanta contra o conhecimento de Deus, e cativamos todo pensamento e o reduzimos à obediência à Cristo” (2Cor 10, 4-5).

Muitas vezes falamos de glorificar a Deus com nossas atitudes, dando testemunho de nossa adesão à Cristo através de atos de amor, perdão e misericórdia, e de glorificá-lo com as palavras de nossos lábios, através de palavras de louvor e não de murmuração. Mas temos glorificado a Deus em nossos pensamentos?

Gostaria de atualizar para nós uma profecia em tom de exortação que nos foi dada no ano de 2007: “Vigia os teus pensamentos, mantém-nos dobrados ao meu Senhorio, humildemente submete-os a mim e não permitas que entre neles a divisão, a desconfiança, o julgamento, a intriga, a suspeita. Toda essa divisão não vem de mim. Os meus pensamentos são de paz, tudo aquilo que te roubar a paz, submete-o a mim e Eu agirei nessa situação específica sobre a qual pensastes. Paz, paz dentro de ti e ao teu redor. Não julga, não critica, não te arvores em juiz. Eu sou o Senhor”.

A confirmação nos veio através da Palavra: “Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos” (Fl 4,8-9).
Fica, portanto, a exortação do Senhor para nós, a de vigiar sobre nossos pensamentos, não julgando, não abrigando pensamentos de medo e de derrota, não tendo uma visão ruim das coisas e das pessoas, mas pedindo ao Espírito Santo para vir iluminar nossos pensamentos com o seu amor, com a sua luz, e pedindo a Jesus para lavar nossos pensamentos no seu sangue redentor para que nenhuma sugestão do maligno possa se insinuar dentro de nós. Assim, poderemos glorificar a Deus com nossos pensamentos.

Fica também como moção para nós fazermos o jejum do pensamento que não glorifica a Deus, a abstinência do pensamento mau e do julgamento, a moção de vigiarmos atentamente sobre nossos pensamentos. Não precisamos nos preocupar em julgar aos outros, pois Jesus Cristo, o Justo Juiz, porá tudo às claras. A nossa preocupação deve ser sempre a de agradar a Deus e de fazer sua vontade, a de não fazermos as coisas que criticamos no comportamento dos outros. Se estivermos ocupados lutando por nossa santidade, não teremos tempo nem disposição para nos ocupar com pensamentos ruins.

“Por isso, não julgueis antes do tempo; esperai que venha o Senhor. Ele porá às claras o que se acha escondido nas trevas. Ele manifestará as intenções dos corações. Então cada um receberá de Deus o louvor que merece” (1Cor 4, 5).

Ainda outro direcionamento que podemos tirar é o de fazermos de 2Cor 10, 4-5 a nossa oração diária para fortalecer-nos na abstinência do pensamento que não glorifica a Deus. Lembremos: as armas com que lutamos não são carnais, são espirituais, por nisso precisamos do auxílio de Deus. Tudo na nossa vida depende da graça de Deus. Que sua graça ilumine nossos pensamentos!


Maria Beatriz Spier VargasSecretária geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL
 
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O louvor na luta contra o mal



“Temei a Deus e dai-lhe glória, porque é chegada a hora do seu julgamento. Adorai aquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes” (Ap 14,7).

O livro do Apocalipse, no capítulo 14, nos fala da luta contra as forças do mal, luta essa que deve ser sustentada pelos eleitos do Cordeiro. Recentemente, recebemos como direcionamento por parte do Senhor os capítulos 13 e 14 do livro do Apocalipse. O capítulo 13 fala da ação do mal no mundo, por exemplo, diz que à Fera, ao Dragão foi dada a faculdade de proferir arrogâncias e blasfêmias contra Deus, para blasfemar o nome de Deus, o seu tabernáculo e os habitantes do céu;  e foi-lhe dado também, fazer guerra aos santos e vencê-los.  Porém, no mesmo capítulo, a Palavra nos diz: “Esta é a ocasião para a constância e a confiança dos santos”.
A seguir, no capítulo 14, recebemos a orientação de como neutralizar a arrogância e a blasfêmia do Acusador: declarando a vitória do Cordeiro sobre o mal.
Os eleitos do Cordeiro são convidados a unir as suas vozes à voz do coro celeste que canta um cântico novo diante do Trono. Esse cântico novo, o louvor daqueles que são constantes, fiéis e pacientes não pode ser acorrentado, ele tem poder libertador porque declara a verdade: Jesus é Senhor!
Através dessas passagens, somos convocados a retomar o louvor como estilo de vida, o louvor que declara a quem pertencemos e de quem é a vitória na nossa vida.
Retomo uma profecia que já partilhei anteriormente e que recebemos durante um momento de adoração em reunião do Conselho Nacional:
“Convido que passem todos os dias um tempo diante de mim reconhecendo que Eu sou o Senhor, vosso Deus Todo Poderoso, Invencível. Passem um tempo diante de mim reconhecendo a minha vitória, a minha soberania. Esqueçam-se de suas dificuldades e preocupações, de seus problemas e me adorem na minha realeza, na minha onipotência, na minha força poderosa, no meu amor grandioso, ilimitado.”
Que o Espírito Santo nos capacite a dar uma resposta a esse convite ao louvor, resposta essa que vai trazer a vitória de Deus para as nossas vidas e as vidas de todos os que amamos.

Maria Beatriz Spier VargasSecretária geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL
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Você é um plano de Deus
 “Foi-me dirigida nestes termos a palavra do Senhor: Antes que no seio materno fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado e te havia designado profeta das nações.” Jr 1, 4-5
Quando Deus nos criou, Ele nos deu também um plano de amor para a nossa vida. Cada um de nós é um plano de Deus. Se este plano que Deus tem para a sua vida não for realizado por você, ninguém mais vai realizá-lo, porque ele é seu, é único, é intransferível.
Deus nos chama para viver a nossa vida dentro de seu plano de amor. Às vezes, Ele nos pede coisas que vão além das nossas capacidades humanas. O plano de amor de Deus para alguns envolve viver com familiares difíceis ou enfrentar dificuldades na área da saúde, das finanças, dos relacionamentos, mas é através desse plano de amor que Deus vai nos levar à salvação, nossa e das pessoas que nos cercam. Na verdade, de todos nós Deus pede coisas que vão além de nossas forças: amar os inimigos, abençoar os que nos maldizem, perdoar quem nos ofende e muitas outras coisas difíceis de realizar.
Por que o Senhor nos pede coisas que humanamente não podemos realizar?  Jesus disse aos apóstolos: “Se eu não for não virá sobre vós o Espírito Santo.”(cf Jo 16,7) Nossa capacidade para realizar coisas difíceis vem de Deus, vem do Espírito Santo, a Força do Alto que Deus nos envia.
Quando o Senhor pediu a Maria para ser a mãe do Messias, isso parecia impossível e ela disse: “Como isso será possível?” O Anjo respondeu: “Não temas. Isso se fará pelo poder do Espírito Santo.” (cf Lc 1, 35)                   
 O segredo é ter comunhão contínua, constante com o Espírito Santo e tudo o que parece impossível se tornará possível.
São Tomás Aquino nos ensina que para cada novo chamamento de Deus, uma porção nova do Espírito nos é dada. Quando o Espírito Santo gerou Jesus no ventre de Maria, Ele a cobriu com sua sombra e deu a ela uma nova unção para que pudesse cumprir com seu papel de mãe do Salvador. Essa unção veio a Maria porque ela rendeu-se à vontade de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lc1, 38)
Quando de todo coração nós nos rendemos à vontade de Deus, vem a unção para que possamos cumprir com sua vontade.  “Quanto a vós, a unção que dele recebestes permanece em vós. E não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, assim ela é verdadeira e não mentira.” I Jo 2, 27.
Com essa certeza de que o Espírito Santo nos capacita a cumprirmos o plano de Deus para a nossa vida, podemos ir com alegria viver o nosso chamado. Não estamos sozinhos, Deus mesmo nos assiste com a sua graça.


Maria Beatriz Spier Vargas
Secretária-geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL 


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O dom do conselho, sabedoria de Deus


 “Mas, ao lado de vós, está a sabedoria que conhece vossas obras: ela estava presente quando fizestes o mundo, ela sabe o que vos é agradável, e o que se conforma às vossas ordens.Fazei-a,pois, descer de vosso santo céu, e enviai-a do trono de vossa glória, para quer, junto de mim, tome parte em meus trabalhos, e para que eu saiba o que vos agrada.” Sab 9, 9-10

Em 25 de outubro de 1978, no início de seu pontificado, o então Papa e agora Beato João Paulo II diz na sua audiência geral: “Eu, que hoje vos estou falando como Papa, pergunto a mim mesmo, que devo fazer como novo Papa para agir com prudência? Quem governa deve ser prudente, deve aprender a meditar incessantemente sobre os problemas, mas acima de tudo, deve orar e procurar ter o dom do Espírito Santo que se chama  o dom do conselho. Todos os que desejam que o novo Papa seja pastor prudente da Igreja,implorem o dom do conselho para ele. E também para si mesmos peçam este dom pela intercessão especial da Mãe do Bom Conselho.”

Todos nós somos chamados a governar em diferentes graus e medidas. Aqueles que são pais e mães governam sua casa e a educação dos filhos, os profissionais administram seu trabalho, os que estudam precisam administrar seus estudos, todos nós, independentemente do que fazemos, precisamos administrar diferentes áreas de nossa vida pessoal, familiar, profissional, missionária.  

O Beato João Paulo II nos dá um ensinamento bonito e muito útil: devemos governar com prudência, uma característica da sabedoria. Para governar com prudência duas coisas são necessárias:

1) Meditar sobre os acontecimentos, refletir sobre eles. Estendendo um pouco esse pensamento, podemos dizer que não devemos nos abstrair dos problemas, fingirmos que está tudo bem e seguir vivendo como se nada fosse. É preciso pensar, ponderar, refletir. Pensar sobre quando começou o problema, o que poderia tê-lo ocasionado, o que já foi feito para solucioná-lo e tudo o mais que o fato de refletir for suscitando.

2) Mais importante do que refletir, porém, é orar e pedir o dom do Espírito Santo que se chama o dom do conselho. O dom do conselho derrama a sabedoria divina sobre o nosso pensamento. O dom do Conselho ilumina os fatos e os acontecimentos com a luz de Cristo, isto é, a luz da verdade, a luz do amor, a luz da justiça. Quando os problemas são resolvidos com a sabedoria de Deus todos os envolvidos são edificados, Deus opera para que tudo concorra para o bem.

E por fim, o Beato João Paulo II, que foi nosso tão amado e querido Papa por 27 anos e cuja sabedoria ficou marcada no coração da história do mundo, nos dá esta preciosa sugestão: “Peçam o dom do conselho pela intercessão de Maria Santíssima sob a invocação de “Mãe do Bom Conselho.”

Que nós possamos colocar em prática em nossas vidas o que aprendemos de alguém que sempre soube enfrentar todas as circunstâncias difíceis e dolorosas dando testemunho de fé, sendo exemplo de amor e da mais alta medida de dignidade humana e cristã.
Mãe do Bom Conselho, rogai por nós!


Maria Beatriz Spier VargasSecretária-geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL